A nova política industrial do governo brasileiro, conhecida como “Nova Indústria Brasil”, foi lançada com um orçamento substancial de R$ 300 bilhões em financiamentos, que devem ser aplicados até 2026.
O plano, elaborado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), tem como objetivo estimular o desenvolvimento, ampliar a competitividade e nortear investimentos e fornecimento de créditos até 2033.
Para detalhar a alocação desses recursos, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) esclareceu que R$ 106 bilhões já haviam sido anunciados anteriormente, enquanto os restantes R$ 194 bilhões foram adicionados de diferentes fontes de financiamento para atender às prioridades do plano até 2026.
Especificamente, R$ 271 bilhões serão desembolsados como crédito reembolsável, R$ 21 bilhões como crédito não reembolsável e R$ 8 bilhões através da participação no mercado de capitais.
Os recursos serão gerenciados por várias entidades, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
O plano de ação da Nova Indústria Brasil estabelece seis “missões” principais, que incluem o fortalecimento das cadeias agroindustriais, a resiliência do complexo industrial da saúde, a sustentabilidade em infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade, a transformação digital da indústria, a promoção da bioeconomia e da descarbonização, e o desenvolvimento de tecnologias críticas para a soberania e defesa nacionais.
Para cada uma dessas missões, foram estabelecidas metas aspiracionais para 2033, que incluem aumentar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário, produzir 70% das necessidades nacionais em medicamentos e outros insumos de saúde, reduzir o tempo de deslocamento nas cidades, digitalizar 90% das empresas industriais brasileiras, entre outras.
Contrapontos e desafios da Nova Política Industrial
Os contrapontos à “Nova Indústria Brasil” destacam preocupações quanto à viabilidade e execução das metas ambiciosas do plano.
As críticas apontam para o risco de se adotar uma abordagem de capitalismo de estado, que pode ter implicações diversas, incluindo a possibilidade de favorecer regimes iliberais ou uma modernização ineficaz como vista em exemplos históricos.
Além disso, há questionamentos sobre onde e como os investimentos serão realizados, com a preocupação de que uma reserva de mercado e inflação para financiar a velha indústria possam não ser efetivas.
Assim, o desafio está em investir de maneira correta para garantir o sucesso da política industrial. Estas observações sugerem a necessidade de um planejamento cuidadoso e uma execução estratégica para alcançar os objetivos propostos pela política.
Minha visão de marketing
Como profissional de marketing, especializado no mercado industrial, vejo a “Nova Indústria Brasil” como uma oportunidade significativa para revigorar o setor industrial.
Primeiramente, o aumento do financiamento e do suporte do governo pode estimular a inovação e a modernização, tornando as empresas brasileiras mais competitivas globalmente. Isso também pode atrair novos investimentos estrangeiros, expandindo o mercado para empresas locais.
Além disso, a ênfase em tecnologias sustentáveis e digitais está alinhada com as tendências globais, oferecendo oportunidades para empresas se posicionarem como líderes em sustentabilidade e inovação.
Em suma, a nova política industrial, se alcançar os objetivos propostos, criará um ambiente propício para o crescimento, a inovação e a expansão das indústrias brasileiras, incluindo o cenário global.